A cada ano, buscamos celebrar o formato 16mm. Essa celebração parte de uma motivação que nos une para além de um formato específico, mas além disso, por uma busca que que se compreende entre motivos, pulsações e critérios para se filmar.

Uma escolha de formato é o exercício de um direito de expressão que devemos galgar, independente desse (16mm) e de qualquer outro formato. Se para criar uma indústria é necessário criar uma linguagem e se todas as indústrias nos geram linguagens, transitar pelos formatos é o mínimo dentro de uma polifonia de linguagens audiovisuais, para nos estabelecermos enquanto crônicas de um tempo presente e memórias.

O Festival 1666 é um repouso de um olhar sobre uma bitola, mas é também provocação, atento às suas fronteiras e suas intersecções com outros formatos-linguagens. Se aqui, o 16mm é o principal suporte de captação de imagens, nossa intenção é discutir e aprofundar particularidades e potencialidades presentes em cada obra.

Quem filma no Brasil e no mundo? Filmar em película é mais caro que gravar em digital? O fluxo de trabalho em fotoquímico é viável? Até que ponto a falta de acesso impacta os realizadores acerca do fotoquímico?

Enquanto essas questões seguem presentes ano a ano, buscamos em nossas ações reduzir alguns hiatos de nossa recente cinematografia para que o ato de filmar seja muito menos elitista e muito mais político!

O 1666 – Festival Internacional de Cinema 16mm chega em 2021, em sua 3ª Edição em uma Co-Realização com a Cinemateca do MAM-Rio, Apoio do Centro Cultural São Paulo e a Parceria do Festival Super OFF e do Lab.irinto.Lab.