Filmes Tomada Única

Os participantes utilizaram um único Rolo de 30m de 16mm (100ft), Reversível Preto e Branco, oferecido pela organização do festival. O filme editado na própria câmera, durante a filmagem, sendo permitido o uso de efeitos fotográficos manipulados durante a exposição. Os filmes foram revelados pelo Lab.irinto.Lab e serão exibidos pela primeira vez para os realizadores juntamente com o público, nos dias 22 e 23 no Centro Cultural São Paulo e dia 27 na Cinemateca do MAM-RJ.

Fototaxia

 

Direção: Coletivo Patê: Filmes e Coisas (Campinas/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: Uma tarde quente de verão. Isolado em seu apartamento, Gabriel luta para fazer com que um velho projetor de super-8 volte a funcionar. É apenas quando se dá por vencido, que a máquina retorna à vida, projetando-o diretamente em um encontro com seus próprios desejos e fantasmas. É partindo dessa premissa que “Fototaxia” se propõe a refletir sobre a experiência emocional desencadeada pelo cinema no espectador, que ao se aproximar da experiência do real, opera mecanismos psicológicos semelhantes ao do sonho. Tendo como principais referências os trabalhos de Jean Genet, Jean Cocteau e Djalma Limongi Batista, aspiramos realizar um experimento visual metanarrativo, refletindo sobre imagens com imagens, e no encontro narcísico do sujeito com seu próprio desejo através do dispositivo cinematográfico. 

Leminskata Infinita

 

Direção: Cesar Felipe Pereira (Curitiba/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: A ideia principal do filme experimental “Leminskata Infi– nita” é procurar encontrar e imprimir na película de 16mm alguns rastros deixados pelo poeta Paulo Leminski na cidade de Curitiba. Tanto pelo bairro Pilarzinho, em que morou boa parte de sua vida, como pelo centro da capital, uma câmera nervosa seguirá as pega- das desta “antena da raça”, nas palavras de Ezra Pound. Por meio de uma câmera subjetiva, representando a posição legada por Leminski aos diversos poetas aqui nascidos ou radicados – pois todos, em alguma medida, são herdeiros literários desse autor -, os principais locais emocionais do poeta serão revisitados: a cruz do Pilarzinho, a Rua Jorge Khoury Bhraim, o Edifício São Bernardo, a Biblioteca Pública, o Bar do Pudim, a antiga sede da Agência Múlti- pla, o Hotel Elo, o andar superior da Livraria do Chain e o cemitério do Água Verde, compondo uma espécie de cartografia sentimental pela cidade. Assim, valendo-se da textura da imagem granulada em preto e branco, bem como trabalhando com algumas manipu- lações fotográficas (dupla exposição e sobreposições, alterações de velocidade do obturador, e quiçá escritos sobre a própria pelícu- la revelada), intenciona-se corporificar o etéreo, ou seja, o espírito Leminski vagando pela paisagem citadina, na materialidade fílmi- ca a ser projetada. 

Inteira metade

 

Direção: Renata Pegorer (São Paulo/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: Sensações que se completam e ao mesmo tempo se contrastam de como é morar em

São Paulo para quem não nasceu na capital. 

ENTRE O SOL E A CINZA

 

Direção: Cíntia Molter e Nico Loiola (São Paulo/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: Filme performance onde duas personas femininas exploram seus corpos nus em um rito de cura através do olho câmera evocando EROS. Um terceiro personagem simbólico, utilizado nos rostos de ambas personas, propõe que algo se es- conde de si e outro se revela. Uma investigação de cumplicidade e vulnerabilidade entre observar e ser observada. 

Transplante

 

Direção: Natalie Castilho Costa (São Paulo/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: Joana é uma mulher que pratica jardinagem como hobby. Po- rém, seu cultivo vai muito mais além do que meras orquídeas. Em um tuto- rial para a internet, Joana ensina um passo-a-passo de como plantar um braço humano em um vaso. 

KAMIKAZE

 

Direção: Pedro Giongo (Recife/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: os ventos sopram, é a câmera bomba so- brevoando em rasante que mira a cidade atômica — missão suicida e sem destino, o olho avião cap– tura fotograma por fotograma afetividades de uma despedida. é KAMIKAZE, inconsequente, se joga nos rostos, nas ruas, queimando o filme e a própria pele. São esses tempos loucos, dias de risco, outu- bro FATAL, não há vida a perder! 

Corredor

 

Direção: Tetsuya Maruyama (Rio de Janeiro/Brasil. 2022. 3min)

Sinopse: O tempo (o)corre. O corredor não corre