INDIA ON FILM – Parte 1
‘Is Harkat mein hi Barkat hai’
इस हरकत में ही बरकत है !
Mostra do laboratório fílmico fotoquímico, apresentada em duas partes por Harkat Studios
‘India on film’ é um trabalho curatorial que assumiu múltiplas formas e confi- gurações nos últimos anos, tomando corpo em filmes, exibições, instalações e no próprio Harkat Lab. E a ele voltamos constantemente, tendo assim se tornado a pedra angular do trabalho que sai do laboratório. Em sua essência, a mostra explora a arte e o artesanato do fazer no meio fotoquímico e ques- tiona o que significa para um filme ser “indiano”. É possível ter uma voz e um vocabulário desenvolvidos internamente no contexto da criação experimental de imagens em movimento?
Essa mostra proposta é como uma meditação sobre nosso trabalho contínuo dos últimos anos, que combina e conversa com a situação política carregada e imprevisível em que nos encontramos. Ela aprofunda nossa busca por uma identidade e uma política indianas.
‘Is Harkat mein hi Barkat hai’ olha para ‘India on film’ sob nova luz, e é um bom acesso para que novos públicos adentrem o tipo de trabalho e explorações que pretendemos invocar. Os filmes exploram a Índia em vários contextos diferentes, seja a partir de observação deliberada ou intenção inconsciente absoluta. Uma tentativa de re-contextualizar e talvez criar um novo significado de nosso próprio entendimento curatorial.
A two-part photochemical film lab programme presented by Harkat Studios
‘India on film’ is a curatorial work that has taken multiple shapes and forms over the last couple of years, in the form of films, screenings, installations and the Harkat lab itself. It is something we find ourselves constantly coming back to and has become a centerstone of the work that comes out of the lab. At its very core, the programme explores the art and craft of making on the pho- tochemical medium and interrogates what it means for a film to be ‘Indian’. Is it possible to have a homegrown voice and vocabulary in the context of experimental motion image-making?
The programme presented here is a meditation on our ongoing work from the past few years, combined with and strongly speaking to the very charged and unpredictable political situation we find ourselves in. It deepens our search for an Indian identity and its politics.
‘Is Harkat mein hi Barkat hai’ is us looking at ‘India on film’ in a new light, and is a good access point for new audiences into the kind of work and explora- tions we intend to invoke. The films explore India on film in several different contexts, either with deliberate observation or absolute unconscious inten- tion. An attempt to re-contextualise and perhaps create new meaning of our own curatorial understanding.
Classificação indicativa 12 anos
Chinnamasta, Dir: Harkat Lab. India, 2021, 4’13’’
Sinopse: Chinnamasta é uma representação e compreensão da deusa tântrica de mesmo nome. O filme acompanha o encadeamento e o des- pertar de uma forma escultural cinética. Uma fusão de árvore e corpo, de objeto e natureza. Uma exploração de ciclos de morte e vida e morte em vida.
Synopsis: Chinnamasta is a depiction and understanding of the tantric go- ddess of the same name. The film follows the threading together and awa- kening of a kinetic sculptural form. A merging of tree and body, of object and nature. It is an exploration of cycles of death and life, and death in life.
Killing your Darlings / Matando seus queridos, Dir: Ada Kerserho, Ayesha Kapadia, Navneet Mishra, Nidhi Kukreja & Siddhanth Shetty. India, 2018, 4’49’’
Sinopse: A cidade está crescendo sobre a floresta e a população de pássaros em Bom- baim está em declínio drástico.
Synopsis: The city is growing over the forest and the bird population in Bombay is on a drastic decline.
Embroidery Bitch / Vadia bordada, Dir: Namrata Sanghani, 2019, 2’28’’
Sinopse: Quem define o que é “cool”? A vadia do bordado se rebela contra atributos de gênero que sequestram os parâmetros de “coolness”. O curta destaca o estilo inerente das mulheres, que se reflete nas tarefas mais mundanas de sua vida diária, e tenta recuperar e redefinir o que é ‘cool’, celebrando todas as coisas que consideramos interessantes, especial- mente o bordado.
Synopsis: Who defines what is “cool”? Embroidery bitch rebels against gender attributes that hijack the parameters of “coolness”. It spotlights women’s inhe- rent coolness that reflects in the most mundane of chores they do in their daily life. It attempts to reclaim and redefine cool by celebrating all things we think are hella cool, especially Embroidery.
Deen, Dir: Tanya Dixit. India, 2019, 4’38’’
Sinopse: Conceitualizado como um experimento, Deen é um filme realizado a partir de combinações de pedaços partidos de película encontrados nas vielas do chor bazaar (o mercado dos ladrões) de Mumbai. As surpresas históricas contidas nele lentamente ajudaram a trazer um contexto para a narrativa. Feito como uma tentativa de comentar sobre a dinâmica de poder e o papel que elas continuam a desempenhar na estrutura política da Índia, Deen reflete sobre como a Índia evoluiu e questiona para onde ela pode estar indo.
Synopsis: Conceptualised as an experiment, Deen is a film made by com- bining haggard pieces of film found in the alleys of chor bazaar (the thieves market) of Mumbai. The historical surprises contained within helped slowly bring about a context to the narrative. Made as an attempt to comment on power dynamics and the role they continue to play in India’s political structure, Deen reflects on how India has evolved and questions where it might be going.
16mm Selfie / Selfie de 16mm, Dir: Karan Suri Talwar. India, 2019, 3’05’’
Sinopse: Todo mundo é uma selfie e todo mundo é um troll.
Synopsis: All the world’s a selfie and everyone’s a troll.
Jenga, Dir: Sharmistha Saha. India, 2018, 1’29’’
Sinopse: Todo mundo é uma selfie e todo mundo é um troll.
Synopsis: All the world’s a selfie and everyone’s a troll.
Static Bombay / Bombay estática, Dir: Savyasachi Anju Prabir. India, 2018, 1’25”
Sinopse: Um indivíduo estático é um sonhador, perdido em pensamentos e sozinho, nesta cidade dos sonhos. Static Bombay é uma documentação da classe trabalhadora na cidade de Bombay, na Índia. Explorando a ética e a política do olhar da câmera e dos personagens, o filme busca visualmente ressoar com a classe trabalhadora para além de culturas e geografias.
Synopsis: A static individual is a dreamer, lost in thought and alone, in this city of dreams. Static Bombay is a docu- mentation of the working class in the city of Bombay, India. Exploring the ethics and politics of the gaze of the camera and the characters, the film visually aims to resonate with the working class across cultures and geographies.
Slum smut / Fuligem de favela, Dir: Karan Suri Talwar. India, 2019, 2’53’’
Sinopse: Você já pegou uma câme- ra para ‘capturar’ a Índia? Te parece exótica? Este é para você.
Synopsis: Have you ever taken a ca- mera to ‘capture’ India? Do you think it’s exotic? This one’s for you.
SOBRE O HARKAT LAB / About the Harkat Lab
Nossa jornada com o meio fotoquímico começou formalmente em 2018, com o festival de filmes em 16mm, e aos poucos tornou-se um laboratório, reunindo artistas e comunidade ao redor.
O Harkat Lab oferece a artistas, realizadores e entusiastas o espa- ço, as ferramentas e o conhecimento para trabalhar com o meio da película. Artistas podem desenvolver filmes reversiveis em preto e branco no estúdio e ter acesso a equipamentos para fazer seus próprios filmes artesanais. O laboratório trabalha em conjunto e dialoga com muitos outros trabalhos que fazemos em criação de arte performática e mostras em nosso espaço de exibição alter- nativo.
Diretamente alinhada com a mostra aqui apresentada, ‘India on film’, nossa intenção enquanto laboratório é explorar o pensamen- to indiano no cinema e funcionar como uma espécie de incubado- ra. Queremos impulsionar um movimento de artistas do sul da Ásia de modo a consolidar sua própria linguagem do cinema em pelícu- la e substituir a gramática ocidental de vanguarda e experimental pelo “Cinema da Prayoga” indiano; tudo no sentido de encontrar nossa própria voz como um coletivo.
Realizamos projeções e workshops regulares em nosso espaço e trabalhamos continuamente na recuperação e restauração de equipamentos de cinema na tentativa de reconstruir essa infraes- trutura. Somos também o único cinema do país com projetores de 8mm, 16mm e 35mm.
O Harkat Lab e suas atividades são parcialmente apoiados pela generosa Fundação Gujral.
Our journey with the photochemical medium formally started with the 16mm film festival in 2018 and has slowly grown into an artists lab and surrounding community.
The Harkat lab gives artists, makers and enthusiasts the space, tools and knowledge to work with the celluloid medium. Artists can develop black and white reversal film at the studio and get access to equipment for making their own handmade films. The lab works in conjunction and speaks to a lot of other work that we do in performance art making and programming as an alternative theatre space.
Directly in line with our ongoing curatorial, ‘India on Film’, the labs’ intent is to explore Indian thought in film, and function as an incu- bator of sorts. We want to kickstart a movement with South Asian artists consolidating their own language of celluloid cinema; repla- cing western grammar of avant-garde and experimental with Indian ‘Cinema of Prayoga’; all in the direction of finding our own voice as a collective.
We hold regular screenings and workshops at our space and are continuously working on salvaging and restoring film equipment in an attempt to rebuild this infrastructure. We are also the only theatre in the country to have 8mm, 16mm and 35mm projection facilities.
The Harkat lab and its activities are partly supported by the gene- rous support of the Gujral Foundation.